Estante da FP #17 📚 Breve ato de descascar laranjas, Poena Damni e Tropicar: cianotipia, poesia grega e haicai
Confira as obras recebidas nesta temporada do portal Fazia Poesia
Bom dia!
Hoje é dia 28 de fevereiro de 2024.
Ainda é possível notar os rastros do carnaval.
Começa o ano no Brasil.
Queridas e queridos acompanhantes-seguidores da Estante da FP, como vocês estão? Por aqui tá tudo certo, obrigado.
Retomamos essa belíssima seção do portal Fazia Poesia com entusiasmo e novidades.
A Estante da FP é uma subnewsletter do portal Fazia Poesia, na qual apresentamos os livros recebidos por meio do Plano de Divulgação de Livros (PDL). Além daqui, os livros também aparecem na nossa comunidade no Telegram e, por sorte, alguns aparecem lá no nosso Instagram.
A prática da pré-venda tem se tornado comum no mercado editorial. Essa prática ajuda a gerar receita antes do lançamento do livro, o que é especialmente útil para autores independentes ou pequenas editoras, pois fornece capital inicial para cobrir os custos de produção e distribuição. Além disso, a pré-venda permite entender o “ritmo” de venda de um título, indicando qual tende a ser a melhor decisão na hora de imprimir a tiragem: se será 50, 100, 500 ou 1000 livros, por exemplo.
Assim, criamos uma seção exclusiva, aqui na estande da FP, dedicada a anunciar livros em etapa de pré-venda. Caso você tenha um livro em pré-venda e gostaria de vê-lo por aqui, basta enviar o link e apenas uma frase de descrição por direct no Instagram do portal Fazia Poesia (lembre-se de seguir a gente, é claro).
Uma boa quarta pra vocês e até a próxima!
Poeticamente,
Alex Zani
editor-chefe da Fazia Poesia
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Livros em pré-venda.
Apoie novos autores e autoras.
Poemas para Liz, de Bruna Escaleira →
Livro de poemas aborda questões como gravidez e puerpério, com leveza e sensibilidade sobre o processo da descoberta de si como mãe."Desabrigo", de Anielson Ribeiro →
Segundo livro do autor será publicado pela Editora Urutau.Hoje eu sangrei palavras, de Natália Pimentel →
O livro traz contos nas vozes de mulheres que abordam assuntos como maternidade, profissão, abusos, escolhas e resistência."Iminências de agosto", de Aluízzio Jr. →
Um livro que, na busca de libertar as palavras, também libertou o autor na busca de se mesmo.
Livros recebidos: prepara o click!
Na edição de hoje da estante da FP, apresentamos os livros recebidos durante o final de 2023 e comecinho de 2024. Aproveite o espaço para conhecer novos autores, autoras e as tendências no mercado editorial.
Leia. Reflita. A poesia é para todos. E tenha cuidado, sempre.
Breve ato de descascar laranjas, de Bianca Monteiro Garcia
Macabéa Edições + 7letras | 127 páginas
Uma obra que fala do luto, da loucura e da clausura, através de uma divisão em quatro partes: descontinuidade de mohorovičić, crosta, manto e núcleo. O livro, apesar de levar no título uma fruta de cor quente, é frio, gelado e nostálgico, como o azul dos cianótipos que permeiam as páginas: fotografias, em sua maioria, dos anos 90 (mas também dos anos 50, 60 e 80), print de imagem captada pelo satélite do google maps, notícia emblemática do correio da manhã, rasuras em texto supostamente atribuído ao papa francisco, listas comportamentais praticamente impossíveis de cumprir (tal como os dez mandamentos).
“breve ato de descascar laranjas soa como uma luta contra o esquecimento”
(Martha Alkimin)
São esses alguns dos temas tratados por Bianca Monteiro Garcia neste breve ato: descascando as camadas da memória, traz à tona uma poesia que busca resistir ao apagamento do trauma, da morte e do delírio.
Priscila Branco — pesquisadora da URFJ e editora do livro —, cita que a cor azul é normalmente associada à tristeza e à frieza, mas também possui sua relevância ao ser usada como luz na pintura. E é assim que ela enxerga o livro de estreia de Bianca: uma poesia azulada, sendo luz para tantas coisas que nos assombram: nossos mortos, nossos traumas, nossas íntimas loucuras.
Bianca Monteiro Garcia é editora da Macabéa Edições e da Taioba Publicações, graduada em Letras e pós-graduada em Literatura Brasileira pela UERJ. É também revisora e professora. Tem poemas e entrevistas publicadas em podcasts, revistas digitais e impressas no Brasil e no exterior. Breve ato de descascar laranjas é seu livro de estreia (Macabéa e 7letras, 2023).
É possível comprar o livro com 10% de desconto usando o cupom LARANJA10, clicando no botão abaixo.
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Do fundo do poço do meu coração, de Vinicius Silva
Edição do autor | 162 páginas
Do fundo do poço do meu coração compõe uma coletânea de 56 poemas divididos em duas partes: I em “O psiquiatra sacou um revólver, apontou-o para sua têmpora, e apertou o gatilho. Fui curado depois desse dia”; e II em “Tentei escrever algo nobre sobre o amor, mas saíram apenas poemas sobre bares, bebidas, cigarros e mulheres”. O eu lírico trava uma temática com poemas sobre criatividade, arte, inconsciente, autoconhecimento, depressão, suicídio, psicoterapia, sonhos e relações amorosas.
Vinícius Silva é escritor. Como autor independente possui três livros publicados: o romance “Carmelina” e as coletâneas de poemas “Do fundo do poço do meu coração” e “Sacudi o varal e caíram três pregadores”. Integra a equipe de poetas do portal Fazia Poesia desde jan/2024.
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Da queda enquanto voo, de Adriana Massocato
Editora Urutau | 72 páginas
Aprender a voar na queda. Esse é o fio condutor do livro de estreia de Adriana Massocato. A obra é dividida em quatro partes (Muda, Fundo, Caminho e Laço) que funcionam como um percurso, trajetória ou plano de voo. É possível acompanhar a autora em seu processo de fazer-se poeta enquanto faz poesia, de criar o caminho enquanto caminha, de estar no mundo mesmo sem saber como.
Adriana nasceu em 1980 em Estrela d’Oeste (SP) e atualmente mora em Tapes, Lagoa dos Patos (RS). Tem formação em Psicologia e Psicanálise. Da queda enquanto voo (2023, Urutau) é sua estreia na poesia.
O livro pode ser comprado direto com a autora. É só mandar mensagem pelo Instagram clicando no botão abaixo. O livro será enviado com assinatura e dedicatória, caso haja interesse.
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A mão é uma pista de voo, de Ana Paula Dacota
Impressões de Minas | 100 páginas
A mão é uma pista de voo, segundo livro de poemas de Ana Paula Dacota, exprime uma escrita ágil, precisa e sutil naquilo que se propõe: tratar de assuntos e temas contemporâneos atravessados pela pandemia e o isolamento social. Se por um lado vivemos em um país marcado por políticas de mortes, por outro A mão é uma pista de voo torna-se, antes de tudo, testemunha de uma pessoa viva; é ele, sobretudo, o principal vestígio de uma poeta que em meio às mudanças, restrições e medos, alcança, com a escrita, a potência de sua poesia.
Em seu segundo livro, Dacota dedica-se a enxergar o presente pelas lentes da literatura, e opera suas lembranças, amores e vontades, para fazer das próprias mãos, território ideal para viagens. Os três poemas que abrem o livro (Bichinho, Cumuruxatiba e Tambaba) parecem tratar de momentos vividos pela poeta nos primeiros meses de 2020, quando ainda não havia se instalado no Brasil a pandemia. Aqui, portanto, estão não apenas lembranças de viagens, mas especialmente, cidades e praias como territórios de pouso.
Ana Paula Dacota é de Belo Horizonte, MG. É Mestra em Estudos de Linguagens pelo POSLING-CEFET-MG e Bacharela em Letras também pelo CEFET-MG. Escreve desde os 7 anos de idade mas apenas se assumiu escritora e poeta aos 40. Também faz parte da equipe de poetas do portal Fazia Poesia.
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Poena Damni, de Dimitris Lyacos, traduzido por José Luís Costa
Relicário | 232 páginas
Uma obra um tanto quanto singular, Poena Damni é uma odisseia contemporânea em três volumes, traduzido diretamente do grego, situada no que seria um ambiente contemporâneo pós-apocalíptico. A obra é reconhecida por seu estilo que desafia gêneros e pela combinação vanguardista de temas procedentes da tradição literária com elementos do ritual, religião, filosofia e antropologia.
Em Z213: EXIT, o primeiro, confronta-nos com a ideia de terror no seu estado mais puro. Fugido de uma prisão, de um hospital ou de uma cidade destruída, o protagonista – um Ulisses lançado a um cosmos sem deuses – atravessa os escombros de um mundo arrasado por uma catástrofe bélica.
O segundo volume, COM AS PESSOAS DA PONTE, evoca um mundo em que a morte é uma experiência reversível. A jornada do protagonista prossegue. O homem chega a um lugar envolto em escuridão, pontilhado de figuras humanas jogadas em uma esquina, cães vadios e prédios degradados; um ambiente que logo se transforma em uma cena teatral, na qual é representado o drama de um homem e sua tentativa de arrebatar da morte a mulher que amava.
Por fim, o terceiro volume da trilogia dá voz a um delírio alucinatório que surge na sequência da tragédia. A PRIMEIRA MORTE é o título de um livreto encontrado pelo protagonista durante uma viagem de trem, cujo conteúdo aqui lemos: um homem perde-se numa ilha deserta, e nas catorze seções que compõem o poema, seguimos as suas tentativas de sobreviver em um mundo engolfado pela morte.
Nascido em Atenas em 1966, Dimitris Lyacos é poeta, dramaturgo e tornou-se um dos nomes cotados para o Nobel de Literatura. No Brasil, o autor e a obra é apresentado pela Editora Relicário.
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Mulher do interior, de Denise Gonçalves
Libertinagem | 122 páginas
As mudanças de rota, somadas à participação em laboratórios de escrita criativa, impulsionaram a produção dos poemas. A escrita, que começou coletiva, com saraus e rodas de leitura, se tornou um hábito, somada à pintura, ao desenho e ao teatro, outras paixões antigas.
Os poemas, acompanhados de 11 ilustrações, mapeiam o nomadismo de “guria”, aluna do Colégio Estadual do Paraná, vizinha do Largo da Ordem em Curitiba, à mulher que experimenta linguagens, migra e não volta, a não ser pela memória e pelo afeto. Os versos brincam com coisas do cotidiano e versam sobre a angústia do crescimento de si, da visão política e de mundo.
Denise nasceu em Ponta Grossa (PR) em 1981. Desde os nove anos coleciona experiências nas artes plásticas, teatro, cinema/audiovisual, oficinas literárias, integrando coletivos e coordenando projetos em ONG’s, museus e universidades. Há seis anos se dedica à ilustração editorial, colaborando com autores e editoras independentes no Brasil e no Chile, país onde reside atualmente.
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Tropicar, de Ana Paula Dacota
Edição da autora - Impresso e encadernado no ateliê Phonte88 | 64 páginas
A escritora e professora belo-horizontina Ana Paula Dacota lançou, de forma independente, seu terceiro livro de poemas, intitulado “Tropicar – em Diamantina”. A edição é fruto de uma parceria da autora com a equipe do ateliê Phonte88.
Com um olhar atento e observador, a autora captura os momentos em Diamantina com a escrita de 47 haicais — forma que ao exprimir um momento do presente, baseado na realidade física, se aproxima da fotografia. O livro possui duas opções de capas e conta com prefácio do professor Anelito de Oliveira.
Ana Paula Dacota é de Belo Horizonte, MG. É Mestra em Estudos de Linguagens pelo POSLING-CEFET-MG e Bacharela em Letras também pelo CEFET-MG. Escreve desde os 7 anos de idade mas apenas se assumiu escritora e poeta aos 40. Também faz parte da equipe de poetas do portal Fazia Poesia.
Ainda dá tempo!
A oficina “Biografia e autoficção: a poesia enquanto elo da escrita de si” está com as últimas vagas disponíveis até as 16h de hoje!
Ao longo de quatro encontros, oferecemos aos participantes um passeio pelos fundamentos teóricos essenciais para a construção da linguagem poética, analisados em conjunto com o estudo da (auto)biografia e da autoficção, temas que têm despertado grande interesse e suscitado vívidos debates na literatura contemporânea.
O mergulho em tais tópicos, intensificado pela proposição de exercícios durante os encontros, proporcionará aos inscritos a oportunidade de testar os limites do próprio fazer poético, trazendo para a arena da poesia elementos ainda pouco explorados no gênero.
O primeiro encontro acontece hoje, às 19h, e os próximos serão nos dias 2, 6 e 9 de março. Utilize o cupom POESIA13 e garanta 13% de desconto no seu ingresso.
Vem no botão logo abaixo.
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pelo nosso plano de divulgação de livros.
O resto é com a gente. ✍
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