Estante da FP #20 📚 Edição especial: conheça 5 títulos da Isto Edições
Confira parte do catálogo da Isto Edições; editora só publica poesia
Bom dia!
Hoje é dia 6 de fevereiro de 2025.
O ano já começou por aí?
Ou só depois do carnaval?
Apresentamos pra vocês, seguidores do nosso coração, uma edição especial da Estante da FP na qual apresentamos alguns livros do catálogo da editora Isto Edições, uma parceira querida sediada no Rio Grande do Sul e que vem contribuindo significativamente na publicação de traduções e de poetas locais.
A Estante da FP é uma subnewsletter do portal Fazia Poesia. Aqui apresentamos os livros recebidos de autoras, autores e editoras parceiras.
A Isto Edições é uma editora independente de Porto Alegre, criada em 2021 com a ideia de publicar somente livros de poesia, tanto brasileira quanto estrangeira, com destaque para autores contemporâneos e livros de poetas de reconhecimento mundial inéditos no país. Nesses três anos vem publicando diversos autores estreantes, assim como grandes nomes da poesia internacional, incluindo poetas ganhadores do Nobel e novos destaques da poesia contemporânea com traduções exclusivas.
Acompanhe a Isto Edições em seus canais:
Site: istoedicoes.com.br
Instagram: @istoedicoes
Contato: contato@istoedicoes.com.br
Um forte abraço e boa leitura!
Poeticamente,
Alex Zani ✍
editor-chefe do portal Fazia Poesia
Prepara o click!
Aqui estão algumas produções cuidadosamente selecionadas pela equipe da Isto Edições.
Leia. Reflita. A poesia é para todos. E tenha cuidado, sempre.
Gatos falando alemão, de Claudia Schroeder
Isto Edições | 80 páginas
Claudia Schroeder está com novo livro: Gatos falando alemão, o quarto de sua carreira. A autora gaúcha reuniu 51 poemas que falam do cotidiano, mas o erotismo continua presente como em suas outras obras, sempre de forma direta, sem rodeios, mostrando os dois lados das coisas. Estão lá temas como a maternidade, a angústia, a felicidade.
Os 51 poemas aqui compilados têm a capacidade de ser um antídoto contra o aborrecimento, contra as certezas cansadas de um tempo cansado de certezas. Saímos da leitura mais felinos, mais poliglotas, e, ao mesmo tempo, mais acordados para a carnalidade que nos faz sentir.
— Pedro Gonzaga, escritor e tradutor, na orelha da edição.
A escritora vem se destacando no meio literário e chamando a atenção de outros artistas. Quando lançou As partes nuas, ela teve alguns de seus poemas recitados por Lázaro Ramos, Ana Beatriz Nogueira, Pedro Bial e Lília Cabral, entre outros em vídeo-poemas. No ano seguinte, com As línguas são para outras coisas, contou com a cantora Marina Lima que escreveu a orelha do livro e foi à Porto Alegre participar de um evento, especialmente para comentar sobre a obra. Em 2023 ela foi contemplada no Prêmio Carolina Maria de Jesus, criado pelo Ministério da Cultura, com a obra inédita Dentro da roupa, um corpo. No mesmo ano, criou o podcast/videocast "Eles olham pra elas", onde discute machismo e equidade de gênero.
Claudia Schroeder nasceu em 1973, em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul. Publicou os livros Leia-me toda (Dublinense, 2010, conquistou o terceiro lugar no Prêmio Biblioteca Nacional), As partes nuas (Francisco Alves, 2021, finalista do Prêmio Ages e Academia Rio-Grandenses de Letras) e As línguas são para outras coisas (Taverna, 2022).
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Mínima faísca, de Gyzelle Góes
Isto Edições | 102 páginas
A poeta, professora e pesquisadora Gyzelle Góes está lançando seu mais novo livro de poesia, Mínima Faísca. A autora traz o amor para seus textos, uma temática que ela aprofunda aqui sem deixar de lado o erotismo adjacente aos atos amorosos. “Erotismo” que vem de Eros, o deus grego do amor, também conhecido como Cupido, cujas flechas apaixonantes estão na capa da edição, em ilustração da própria poeta.
Mínima Faísca é uma jornada poética que traz o amor como invenção, aquele que busca nada além do próprio desejo. Como Safo, Gyzelle celebra o sentimento e seu gozo, seus meandros e defeitos. O amor é quase opaco, caminhando na linha tênue entre a razão e o delírio. Ele é quem a “engasga com a palavra final”.
Gyzelle Góes é poeta, professora e pesquisadora. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade (Letras - PPGLCC) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Mestra em Letras no PPGLCC e graduada em Letras-Licenciatura pela PUC-Rio. Atualmente, realiza pesquisas com arquivos pessoais no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa, dedica-se aos estudos de literatura brasileira e desenvolve produções poéticas. Autora de Amante (Urutau, 2019) e O que fizemos das nossas delicadezas (Folheando, 2021).
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O rumor de meu irmão, de Jesús García Mora
Isto Edições | 104 páginas
A poesia de Jesús García Mora nos leva com ele na busca pelo irmão que não nasceu, neste diálogo com o ausente, nesta memória do que não foi possível. Nas estrofes do livro a cidade mexicana de Tijuana é o destino e o refúgio ao qual sempre se volta: todos os segredos do mundo estão na Libertad (bairro mais povoado da cidade, logo na fronteira com os Estados Unidos).
O rumor de meu irmão é uma viagem, uma busca da infância em uma das vizinhanças mais violentas da América Latina, por onde o muro construído por Trump faz paredão até a praia. Composto por textos sem título que se interligam como uma grande história poética, foi publicado originalmente no México em 2020.
Em edição bilíngue português–espanhol, com tradução do poeta paulista Marcus Groza, que também escreve o texto de orelha: "Este livro me diz que aquilo que não nasceu também faz corpo comigo, o que não nasceu também é um rebento meu."
Um dos poemas do livro:
O espírito santo não ajudou minha mãe a ter o filho mas ela continua acreditando em auréolas entrega nas mãos do todo-poderoso seus problemas e sonhos. Numa manhã de glória o senhor decidiu que meu irmão não nascesse que fosse sombra na sala de casa mancha indelével entre as pernas. O útero é um mar em que podemos nos afogar e os deuses ainda não têm barba e todos somos minúsculos como meu irmão. Qual é a história nessa manhã de glória? Uma fenda de sangue nas coxas da mãe
García Mora é um proeminente poeta mexicano contemporâneo, seu trabalho muitas vezes reflete a rica tapeçaria de cultura efervescente, história e exuberância urbana de sua cidade e de seu estado natal, a Baixa Califórnia, criando um corpo de trabalho atraente e instigante.
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Revivertigem, de Sanchez
Isto Edições | 100 páginas
Revivertigem, segundo livro do poeta paulista Sanchez, é como uma imersão exploratória na inexorável marcha do tempo e sua implacável unidirecionalidade. Através de versos reflexivos, o autor nos conduz pelo receio de viver num presente eterno, um perpétuo lamento sobre a poeira do passado. Os poemas de Revivertigem são um mergulho na angústia de um ir-e-vir que não retorna, transformando memórias em uma névoa de saudade.
Na capa e no miolo a edição traz fotos do próprio poeta.
No prefácio, o poeta Marcelo Ariel destaca a ousadia da poética de Sanchez em "perder a borda em torno do eu", criando um trabalho que dissolve o eu-lírico. Ariel observa que a obra provoca um re-estranhamento, uma experiência que se assemelha a um clarão às avessas, desafiando as convenções e renovando a experiência de leitura.
Sanchez é poeta de São Paulo. Faz parte da equipe do portal Fazia Poesia e já publicou poemas em algumas revistas literárias do país, como Ruído Manifesto, Bufo, Desenredos e Mormaço. É também autor de Dentrofora (2023, Laranja Original). Atua como editor de livros.
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Espinhos, de Cécile Coulon
Isto Edições | 224 páginas
Vencedor do mais importante prêmio de poesia da França, o livro Espinhos alcançou um feito inédito: em 77 anos de existência, essa foi a primeira vez que uma poeta estreante recebeu o famoso prêmio Apollinaire.
Geralmente reservado a nomes mais tradicionais e conservadores (leia-se também: mais velhos), a premiação colocou Cécile Coulon, nascida em 1990, sob os holofotes do palco da literatura europeia, dando destaque a uma carreira que havia começado aos seus 16 anos — em 2018, quando lançou Espinhos, ela já tinha seis romances publicados (alguns premiados). Foi com esta sua primeira obra poética, no entanto, que a escritora ganhou espaço nos meios de comunicação franceses — e as estantes dos leitores, mesmo os não acostumados a ler poesia.
“Tenho 30 anos, quatorze dos quais passei escrevendo livros. O que faço dos meus dias cabe num Post-it: ler, escrever, correr. O que vive em mim não é o que vivo, mas as histórias dos outros, e as coisas ancestrais, atávicas. Um mundo de experiências não vividas me é oferecido, infinitamente mais rico do que o que vivo”.
— Fala da autora em 2021.
Cécile recebeu destaque além da mídia literária, como nas revistas Marie Claire (que a considerou uma das principais vozes femininas renovadoras da poesia no mundo, junto com Amanda Gorman e Rupi Kaur, por exemplo, embora com estilos bem diferentes), Elle e GQ, e nos jornais Le Monde e Le Figaro, todos destacando sua relevância para uma nova poesia francesa ligada à escrita da vida cotidiana, com uma linguagem imediatamente acessível.
Cécile Coulon nasceu em 1990 em Clermont-Ferrand, Auvérnia, na França. Em poucos anos teve uma ascensão fulgurante. Publicou já diversos romances — o primeiro com 16 anos —, entre os quais se destacam Trois saisons d'orage, Prêmio dos Livreiros em 2017, e Une bête au paradis, prêmio literário do jornal Le Monde em 2019. Em poesia, depois de Espinhos (Les ronces) publicou também Noir volcan e En l'absence du capitaine.
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